MARACAS NA PERCUSSÃO

Nelson, Ezequiel tocando maracas e Tiãozinho ao tamborim

Que fim teria levado as maracas? Nos velhos tempos do bolerão, mambo e chá chá chá, as maracas eram presença garantida ao lado da bateria. 

Maracas, afoxés, réco-réco, agogô, berimbáu, triângulo, pandeiros e similares são instrumentos de percussão fabricados, tipicamente, pelos povos latino-americanos. Muitos, inclusive, têm origem junto às tribos indígenas.

Muitos duos e trios de música latina existentes na década de 1960 (Trio Los Panchos, Trio Irakitan, etc) se acompanhavam de violão e geralmente maracas para dar o rítmo à melodia. 

As bandas de rock-and-roll, as bandas da jovem guarda e até mesmo os Beatles, surgidos na década de 1960, marcavam o ritmo com a bateria somente, exceção feita aos pandeiros sem couro para algumas músicas mais agitadas. Mesmo nos grandes trios de bossa nova (Zimbo Trio, Tamba Trio, Jongo Trio, etc) o ritmo era feito exclusivamente com a bateria, exceção feita a algumas músicas de origem afro em que se somava um berimbáu ou afoxé. 

O chiado das maracas é gostoso de ouvir e exige muita habilidade de quem as toca. Pena que, com exceção de músicas folclóricas, a música de hoje em dia, com tudo eletrônico, tenha banido a sua presença das gravações. 

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No vídeo linkado abaixo, o Trio Irakitan observa a penetração da música norte-americana no Brasil e, talvez como uma reação, canta músicas brasileiras como contraponto. Veja a presença das maracas e do apito nos ritmos nacionais. Vale a pena ver - 
http://www.youtube.com/watch?v=tK2TUWdDR8E 




Conheça as múltiplas possibilidades de ritmo com as maracas em http://www.youtube.com/watch?v=KoP8T0QqzeM  

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Ezequiel, guitarrista do Emi Eni Sete

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