O "SANFONEIRO" MÁRIO NELLI

Antes da eletrificação dos instrumentos musicais, nós, músicos do início da década de 1960, tínhamos de literalmente "carregar o piano" - isto porque o teclado do piano não havia ainda passado pelas maravilhas trazidas pela tecnologia eletrônica e, depois, digital. Dessa forma, tocar em locais externos aos clubes (onde havia piano fixo) era uma grande dificuldade porque os pianos eram pesados e não podiam ser transportados com facilidade. 

No caso do Conjunto Mário Nelli, o jeito era apelar para a sanfona mesmo. Só que a do Mário era bastante pesada e nem sempre ele aguentava ficar com ela grudada no corpo todo o tempo de uma apresentação externas ou em clubes sociais que não possuíam piano. Desse modo, por várias vezes o Mário emprestou a sanfona do Renatinho Fraga, que na época também estava aprendendo a tocar e tinha uma sanfoninha mais leve.

Não me critiquem por chamar o nobre acordeão de sanfona. Ocorre que na época era assim mesmo que a gente falava: sanfona e quem tocava, sanfoneiro. E o Mário Nelli foi, sem dúvida, um grande sanfoneiro, puxando o fole para produzir boa música e assim animar as centenas de bailes e brincadeiras dançantes da época de ouro de Santa Cruz do Rio Pardo. 

UMA NOITE NO HAVAÍ - Fazenda Paraíso, dezembro de 1965
Mário Nelli, Ezequiel, Olavo Silva e Matheus Lorenzetti


1965 - Renato Queiroz, Ezequiel, Vasquinho, Pimentel e Mário Nelli


Campanha Ouro para o Bem do Brasil - 1964
Antigo Cine Santa Cruz, Soarema Clube (hoje Prefeitura Municipal)

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